16.3.02

Ontem tive que ir no centro da cidade, para acertar um trabalho. Como o escritório só abria depois das duas, entrei em um sebo que abriu há alguns meses por lá, o Berinjela.

Eu não gosto de ir em sebos com uns dez reais no bolso: sei que dá para comprar um ou dois livros, mas o processo de escolha é muito doloroso. Na hora que entrei, sabia que estava desistindo de comprar as JLA que faltam para completar as história de Morrison no título este mês.

Ao contrário dos outros sebos que visitei em Salvador, o Berinjela é iluminado, espaçoso e arejado. Tão arejado que eu consegui comer lá dentro (um quiche bem legal) em vez de ficar sufocando como fico em um sebo na Barra.

A primeira coisa que fui ver foram os quadrinhos. Deu para ver que quem colocava os preços entendia do negócio. Um número de Sandman estava por R$7,00, um número das Capitão América de Rob Liefeld - muito, muito, muito, muito, muito ruim - estava por R$2,00. Eu separei algumas coisas, já me preparando para o primeiro corte. Tirei as revistas que já tinha lido e ficaram uma edição de Love and Rockets e cinco números de Lobo Solitário (que acabei deixando lá por não ter o primeiro da série).

Daí fui para a parte de livros. Por sorte, estava com pouca paciência e pulei as prateleiras de não-ficção. Escolhi uns 10 livros, mas acabei ficando com Leviatã (Paul Auster), Fogo Pálido (Nabokov), O Segundo Diário Mínimo (Umberto Eco) e Estorvo (Chico Buarque), para dar de presente. Entre os que ficaram - e estão me incomodando - foram Ardil 22 (Joseph Heller) e Crash (Ballard). O total deu R$35,00.

Só depois lembrei que eu ia ter que comer de qualquer jeito, então essa parte - que dava para pagar o Crash não entraria nos gasto "com livros".

O Berinjela fica no térreo do prédio bem em frente ao ponto final dos ônibus que vão para a Praça da Sé, em Salvador.